5 de outubro de 2013

A Doença como cura do Espirito

Hoje em dia não é novidade, nem tão difícil de se ouvir ou mesmo ler, sobre como influenciamos nosso corpo através de nossos pensamentos e emoções. A própria Medicina Chinesa, milenar, traz o conceito das emoções / sentimentos atuando nos órgãos, bloqueando energias que transitam pelos meridianos. Os estudos ligados à Meditação nos trazem informações importantes, quanto às melhoras alcançadas sejam nos distúrbios físicos ou mesmo emocionais, pelo fato de serenarmos a nossa mente. Quando serenamos, alteramos a frequência vibratória, pois invertemos o processo: passamos a controlar nossos pensamentos e deixamos de ser controlados, invadidos por eles.
Atualmente a própria Medicina já admite serem as doenças, doenças psicossomáticas. O que quer dizer isso: doenças se originam na psique=mente e se refletem no soma=corpo.
Na visão Espirita, toda doença é de cunho eminentemente espiritual, isto é, se origina no espirito (corpo mental). Se acrescentarmos a visão psicológica, veremos que a doença manifesta-se na relação criatura-Criador.
Para a OMS (Organização Mundial de Saúde), a saúde é um estado dinâmico de completo bem estar biopsicossocial, e não meramente a ausência de doenças. Acrescentando a esta definição o entendimento espirita, ela pode ser olhada como o bem-estar bio-psíquico-sócio-espiritual.
Retomemos um pouco o sentido de estarmos reencarnados. Qual é o nosso grande desafio? Qual é nossa meta evolutiva? Como chegar ao Pai?
Tudo se resume em: Desenvolvermos o divino em nós mesmos.
Como??? Meu Deus ...... Como???
No íntimo de nosso coração, Ele nos diz: ´´Na relação com o próximo e no processo de auto-conhecimento.``
A evolução se processa em duas direções, uma verticalmente e outra horizontalmente. Temos aqui uma cruz a traduzir, verticalmente nossa relação conosco, no auto-conhecimento e com isso aprofundamos nossa relação com o Pai; e horizontalmente nossa relação com o outro, sendo todos nossos companheiros de jornada. Somente neste cruzamento de direções é que encontramos Deus.
A única palavra que resume esta resposta é: AMOR.
O Espirito Inácio Ferreira (em Saúde mental á Luz do Evangelho de Carlos Bacceli) nos diz:    
´´ O Fanatismo é de quem aceita Deus como Pai, mas não aceita o Homem como irmão. (......) não nos esqueçamos de que a verdadeira religiosidade consiste em amar a Deus no próximo e não ao próximo em Deus.``
Bem, se aqui estamos numa jornada evolutiva de aprendizado constante, e que com certeza tivemos e teremos algumas encarnações pela frente, até atingirmos a angelitude, isto significa que somos doentes espirituais em busca da cura, da saúde integral.
Com certeza Emmanuel, quis nos esclarecer quanto a isso quando se refere à humanidade como seres em busca de alta, nas enfermarias da Terra.
O Espírito Joseph Gleber (em O Homem Sadio de Alcione R. Albuquerque e Roberto Lucio Vieira de Souza) nos diz: ´´A evolução sendo para nós infinita, fala de uma necessidade constante de harmonização, cada vez maior, com o Criador, tanto em plano de trabalho como de elaboração de conhecimento e vivência íntima. Assim, e só dessa forma, alcançar-se-á à Deus.``   
Nesta linha de raciocínio, conseguimos perceber o quanto somos filhos rebeldes, e quanto os chamamentos externos, se não estivermos atentos, nos desviam e nos desequilibram. E este desequilíbrio nos atinge, espiritual, emocional e fisicamente.
Esta rebeldia com certeza nos afasta do Criador, nos afasta de nosso guia interno, nos afasta de nossos elementos divinos. Com certeza temos muitas oportunidades para retornarmos ao caminho certo, mas também por muitas vezes estamos distraídos e envolvidos pelas ofertas douradas e superficiais da aparência, da imagem, da vaidade, do orgulho e assim por diante.
Mas quando somos atingidos no corpo, somos obrigados a parar e tratá-lo.
Estes sintomas refletem a vida emocional e moral da história de vida de cada um de nós (reencarnações passadas e atual). Portanto, podemos olhar para a doença como um convite de nossa parte sábia buscando o reequilíbrio perante a consciência ou a lei de Deus.
Não olhemos para ela como castigo divino ou punição, mas como oportunidade de reequilíbrio.
Segundo O Livro dos Espíritos, há no Universo dois princípios: o Espírito e a Matéria. O Espirito é o principio inteligente do Universo. A matéria é o campo onde o principio espiritual desenvolve-se e de que se utiliza para seu processo de amadurecimento em direção à perfeição.
Ligando este dois princípios temos o Perispírito, um envoltório semi-material formado pelo fluido universal especifico de cada Globo. Nele está a matriz de nosso corpo físico. Nele estão as marcas de nossas atitudes passadas e presentes. Nele registramos as consequências de nossos pensamentos, emoções, sentimentos e ações.
O Períspirito é o intermediário de todas as sensações que o Espirito percebe e pelo qual transmite sua vontade ao exterior e atua sobre os órgãos do corpo.
Vejam nossa responsabilidade diante das colheitas que estamos fazendo, pois, nós é que as semeamos em algum momento ao longo de nossas existências.
Desta forma concluímos que a saúde, não é um estado definitivo, pronto, pois ela estará sempre vinculada ao nosso degrau de equilíbrio e harmonia da alma que conseguimos conquistar, e vai se refletir na harmonia ou não, mental, emocional e fisiológica relacionadas à nossa encarnação atual com todos os projetos que fazem parte dela.
Podemos aliviar nosso períspirito ou sobrecarregá-lo, cada vez mais. E nosso corpo físico como um ´´mata-borrão`` irá refleti-lo.
Joseph Gleber (em Além da Matéria de Robson Pinheiro) nos diz:
´´A mente é a usina diretora que transmite as ordens do Espirito e dirige a comunidade orgânica, produzindo células, substituindo tecidos e revitalizando ou recuperando sangue, ossos e membros. É, ainda, o poder mental o responsável pelas transformações do metabolismo humano, transferindo para o corpo físico, todos os comandos provenientes do Espírito. ``
Com certeza a Cura, nada mais é que uma Auto-Cura.
Cristo nos trouxe todo o caminho saudável a ser trilhado.
Que escolha faremos a partir desta reflexão?


 Sueli Ines Arruda Issa

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