11 de agosto de 2012

A Antiguidade Espiritualista e o Espiritismo

A partir do século 19, começaram a surgir novas luzes afastando as trevas da ignorância que pairavam sobre as religiões. A liberdade de culto viabilizou, aos estudiosos, conhecer e analisar as crendices populares e o Espiritualismo desde suas origens. Entre eles, podemos citar Salomon Reinach (1858-1931) autor do livro "A Origem das Religiões". Nesta obra, nos relata que o homem primitivo acreditava no desdobramento humano durante o sono, e que seu viver era rodeado e influenciado por Espíritos de toda a espécie. Assim, procurava precaver-se contra as ações de forças retrógradas socorrendo-se na Magia. Através desta acreditava afastar as entidades perversas e zombeteiras que infernizavam sua vida. Os mortos se transformavam em eternos Espíritos, e não haviam deuses. Segundo Reinach, eram orientados por magos ou mestres da magia que hoje seriam chamados de Médiuns.
Outro destacado estudioso foi André Léfevre que, em 1892, cita costumes curiosos de alguns povos primitivos da Austrália do Sul, estes conduziam seus cadáveres a uma caverna, lá deixando-os e em seguida, fugiam em desabalada carreira! Temiam que o Espírito do falecido voltasse com eles! Geralmente mudavam de residência depois que morria alguém em casa.
Em 1832, nascia Cesar Vesme, destacado autor da "Historie Du Spiritualisme Experimental". Nesta obra, relata: a crença na sobrevivência, nos fantasmas e nos Espíritos, bem como suas manifestações sobre os vivos, que se encontram em quase todos os povos com uma uniformidade impressionante. Os relatos históricos comprovam que, estas ações dos Espíritos sobre as tribos, existiram desde os primeiros habitantes da Terra.
Como sabemos, os fatos referentes a existência e influência dos desencarnados sobre os encarnados formavam as religiões denominadas de "Espiritualistas". Estas existem até hoje em muitos países, porém, não aceitam a reencarnação nem a possibilidade da incorporação mediúnica. Sem o dogma da reencarnação e nem a possibilidade plausível para o diferente destino e vida de cada ser.
Em 1857, o professor e escritor francês Allan Kardec entregou ao mundo o "Livro dos Espíritos" colaborando com a concretização da promessa Cristã da "Vinda do Espírito da Verdade". Em seguida, publicaria vários livros que complementariam a denominada Codificação do Espiritismo. A Doutrina codificada por Kardec, ao contrário do Espiritualismo, acreta e comprova o "dogma de vidas sucessivas", bem como a incorporação mediúnica. Desde então, vários estudiosos da Terceira Revelação, vem publicando suas obras, nos alertando sobre a aurora da Civilização do Terceiro Milênio, a era do Espiritismo.
Segundo Léon Denis "o homem não esclarecido pelo Espiritismo chora e desespera-se naquele limiar do infinito que é o túmulo, ao passo que, se conhecesse as leis supremas deveria lamentar-se sobre o berço, ao nascer. Pensando bem, o vagido do recém-nascido não seria o grito do Espírito diante da triste perspectiva da vida?"

aldocolasurdo08@hotmail.com

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