4 de março de 2012


MANIFESTAÇÕES E APARIÇÕES   (l)

                     O ente querido que parte deste mundo deixa em nós o vazio de sua ausência e as lagrimas da saudade. Desde os primórdios, uma interrogação assola o Homem: para onde irá seu espírito após finalizar a vida terrestre?

Desde A Divina Comédia de Dante Alighieri e a posterior colaboração literária de Swendenborg, a humanidade tem recebido revelações esclarecedoras. O desenvolvimento social do século 19 intensificou o despontar de novas auroras de conhecimentos. Surgem úteis e esclarecedoras obras literárias sobre o Criador e as criaturas. Cabe-nos destacar as mensagens mediúnicas colhidas e editadas na França pelo codificador Leon Hipolite Denisard Rivail, sob o pseudônimo de Allan Kardec. Ao enganoso refrão “não existe a continuidade de existência, pois nunca alguém voltou de lá”, o espiritismo demonstra a verdade prestando valiosas informações. 

                        Assim é que, ante as portas do tumulo, que se fecham após atravessá-las, começam a surgir ao espírito, as luzes e cores que identificam a Pátria Celestial. Nesta nova etapa, o desprezo as leis do amor durante a vida terráquea anterior, pode conduzir os peregrinos a, um período de tratamento ou convalescença nos ambulatórios especiais. Após assistência variável inicia-se a preparação de retorno ao mundo material. Neste período o Espírito pode contatar-se mediunicamente com a Terra.  Assim, dentro de certo prazo, cumpre-se a inexorável Lei da Evolução Espiritual. A alma envolvida com as vestes carnais, retorna ao mundo reencarnando-se e  inicia mais uma etapa evolutiva de seu destino  imortal. Pesquisas publicadas no livro Reencarnações no Brasil nos trás valiosas elucidações a respeito do dogma de “Vidas Sucessivas”.  Entre elas anotamos o relato do desencarne de um jovem  e ll meses após inicia  nova reencarnação,  bem como outro falecido que permaneceu durante 32 anos no Plano Espiritual antes do reencarne.                                

                         A Revista Espírita de 1859, de Allan Kardec, nos traz noticias de jornais da época, relatando a aparição e manifestação de um espírito alguns meses após seu desencarne, contrariando expectativa, conforme resumo a seguir.                                 
           
Um capitão recebeu a visita de seu primo médico para consultar seu filho doente. Naquela noite muniu-se de velas e dirigia-se para o quintal. Ante a curiosidade do médico contou sobre seu amigo major com que varias ocasiões conversavam sobre a morte e a continuidade de existência. Combinaram que após três dias, o primeiro a desencarnar, viria entre meia-noite e uma hora comunicar-se com o sobrevivente e era aquele o momento. Entretanto passaram-se cerca de duas horas e nada aconteceu. Após alguns meses, os dois primos viajaram juntos e se hospedaram em um hotel por três dias. Em uma manhã, o capitão entrou no quarto do primo médico com feições alteradas e tremulo relatou: naquela manhã, ao raiar do dia o major havia aparecido junto a sua cama, contando que não pudera comparecer  na data pré-combinada. Em seguida lhe falou da “existência de um Deus muito justo... e se não se comportar...verá quando lá chegar”. Em seguida desapareceu. A partir desta data o capitão tornou-se mais sério e muito sóbrio consigo mesmo, acreditando ouvir as palavras do major durante os dois anos que ainda viveria.                        

                O espiritismo nos recorda que desde o remoto passado, os contatos com o Plano Além Vida tem se realizado. Porém, o êxito da comunicação com o “mundo dos que partiram”  obedece a uma serie de fatores e condições especificas. Muitas vezes o contato com determinado espírito é prejudicado, pois este já reencarnou; outras vezes, ainda não se encontra em condições como o caso acima exposto. Através de comunicação mediúnica os Mensageiros do Plano Espiritual tem nos alertado sobre a maneira correta de conduzirmos o intercâmbio entre os dois planos. A literatura espírita por sua vez, é também a grande colaboradora para a comunicação entre os dois planos.  Muitas vítimas dos erros que a ignorância conduz, acabam por alimentar sua descrença no “após vida”. Perdem assim a oportunidade de evoluir.  Para corrigir os erros que a ausência da fé conduz, torna-se necessário abandonar o comodismo que a matéria implica seguindo o conselho bíblico “procurai a verdade e a verdade vos esclarecerá”.                                                                         
    

Aldo Colasurdo -
Vice-Presidente Conselho Deliberativo do IEE
aldocolasurdo08@hotmail.com

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