14 de abril de 2010

O acolhimento fraterno na casa espírita

Preparando uma matéria para a próxima edição do Jornal do IEE, lembrei o quanto é importante o acolhimento ao recém chegado a uma casa espírita.

No nosso Instituto Espírita de Educação, esse acolhimento começa muitas vezes pela livraria ou pela lanchonete, o que é feito com muito carinho pelo Veriano e pela D. Vilma.

Lembrei, também, de um caso que ocorreu comigo, o relato de um companheiro sobre sua primeira vez em um centro espírita.

Conversei com esta pessoa enquanto aguardava ser atendida em um consultório médico. Ele me contou a forma espontânea como começou a frequentar uma casa espírita, embora não tivesse conhecimento sobre essa doutrina.

É uma situação que já foi vivida por muitos que, mesmo diante dos preconceitos, da ignorância e da desinformação que ainda há em relação à Doutrina Espírita, se dispuseram a conhecê-la.

Este senhor muito simpático relatou:

“Certo dia aproximei-me da casa espírita, cheio de receio por tudo o que me diziam a respeito dos espíritas. Mas a curiosidade era tanta que quando dei por conta já estava entrando e não foi possível mudar de idéia. Afinal de contas, estava ignorando o conselho de um colega que dizia: "Não vá à casa espírita! Você vai ficar horrorizado com o que fazem lá".

Mas agora já era tarde. Uma senhora, com bondade, convidou-me a entrar. Atento a tudo me sentei na última fileira, pois ficava mais fácil para ir embora.

Comecei a prestar a atenção na palestra. Aos poucos fui me sentindo à vontade. "Que estranho!" - pensei. Há muito tempo que não me sentia tão bem...

As palavras aos poucos foram me envolvendo e então percebi que aquele senhor falava de perdão, de caridade, de fazer bem ao próximo para ser feliz.

Após a palestra, fui convidado a ir a outra sala. Vi uma senhora se aproximar de mim, colocando suas mãos sobre minha cabeça, parecendo estar em oração. Também resolvi fazer uma prece, já que não fazia há muito tempo.

Em seguida foi-me oferecido um copo com água que eles chamam de "fluidificada", ou seja, na linguagem católica, "água benta”... Não tinha gosto diferente da água comum, mas explicaram que faz parte do tratamento espiritual, pois ajuda a restabelecer e a equilibrar as energias.

Quando ia para casa, pensando no que tinha me acontecido e como estava me sentindo melhor, tive vontade de retornar em outro dia.

Voltei. Era uma tarde de sábado. Para meu espanto, crianças e jovenzinhos também estavam chegando. "O que será que fazem aqui estas criaturinhas? indagava-me.

Assim que entrei, perguntei àquela senhora, minha conhecida do outro dia, o que faziam lá aquelas crianças. Bondosamente me explicou que estavam ali para as aulas de Evangelização Infantil e para o encontro dos grupos de jovens. Eles também estudavam a Doutrina Espírita e os ensinamentos de Jesus!!!

Assim, aos poucos, fui conhecendo e me envolvendo com as atividades daquela casa. Hoje, quando me perguntam sobre essa escola de almas que freqüento, eu brinco: "Vá à casa espírita! Pois você vai ficar impressionado com tantas coisas boas que acontecem lá"...

Esse fato não lhes é familiar?

Grande abraço,

Lúcia Maria Silva de Andrade

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