Lendo a entrevista do ator de Hollywood, Michael J. Fox, famoso por estrelar a trilogia De Volta para o Futuro, nas páginas amarelas da edição desta semana da revista Veja, ficamos a refletir, através de seu exemplo real, como podemos nos modificar para melhor, ao entender corretamente o sentido da doença em nossas vidas.
Michael conta que no auge de sua carreira, há 18 anos, recebeu o diagnóstico de Parkinson, doença degenerativa do sistema nervoso.
Hoje , aos 48 anos, ele afirma ter saído fortalecido de todas as provações por que passou à medida que a doença progredia.
Embora tendo sido obrigado a abandonar a carreira, ele avalia que se tornou uma pessoa mais rica do ponto de vista espiritual.
Ele afirma que teve uma ajuda inestimável ao ler o livro:
Sobre a morte e o morrer, da psiquiatra Elisabeth Ross.
A autora descreve os 5 estágios pelos quais costumam passar os pacientes desenganados: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.
“Quanto mais você entende e aceita a sua condição, melhor. Se você não aceita ou não quer lidar com o problema, só piora. Tudo mudou quando decidi me debruçar sobre a doença de Parkinson. Falei com os médicos a respeito do meu quadro, procurei pesquisadores e fiz contato com outros doentes. Inteire-me da comunidade da qual passara a fazer parte e das necessidades de quem sofre de Parkinson. Tudo isto me deu um novo ânimo e mudou minha atitude diante da doença.”
Mais adiante ele fala das recompensas que a doença lhe proporciou:
”À medida que minha saúde se deteriora, minha condição mental e espiritual melhora. Estou muito mais feliz em relação a certas coisas do que quando era mais jovem. Sou mais tolerante, tenho mais entusiasmo e compaixão. Uma das grandes recompensas é a fundação para pesquisa de células-tronco que criei. Este projeto e as possibilidades que ele abre para a cura de milhões de pessoas, compensa plenamente muitas coisas das quais tive de abrir mão.”
E ele finaliza a entrevista, citando que : “para tudo que nos é tirado , algo de grande valor nos é oferecido”.
Conforme o Espiritismo esclarece, a maioria das moléstias procede da alma, das profundezas do ser. Em tese, todas as manifestações mórbidas se reduzem a desequilíbrio, desequilíbrio esse cuja causa repousa no mundo mental.
Portanto devemos entender a moléstia incurável como uma benção, uma válvula de escoamento das imperfeições do Espírito em marcha para a sublime aquisição de seus patrimônios da vida imortal.
A Benfeitora Joanna de Ângelis nos alerta que “não raro, enfermos com doenças degenerativas desfrutam de imensa alegria por estarem vivos e lutando contra a conjuntura existencial, sem arrefecerem o ânimo, sem lamentações, enfrentando as injunções penosas com tranqüilidade estimulante, desfrutando de “estado saudável”, enquanto diversas pessoas, catalogadas como sadias, escondem a sua situação em conflitos tormentosos, somatizando distúrbios que as levam a enfermidades injustificáveis.
Assim, valorizemos a nossa saúde, evitando malbaratar este patrimônio divino, porém, diante do desafio de enfrentarmos doenças demoradas ou incuráveis, aproveitemos a abençoada oportunidade de reajuste e transformação interior, necessárias à nossa evolução espiritual.
Rafael Berlese de Matos Dourado
Vice-presidente do IEE
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